quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Quem perseverá até o fim será salvo

Boa tarde meus queridos amados e amadas em Cristo Nosso Senhor!!!!!
Que a Paz esteja contigo.

Hoje lendo o Ofício das Leituras, da Liturgia das Horas, me deparei com um ensinamento tão profundo, tão atual e essencial à nossa conversão
diária, que parece ter sido escrito hoje, mas, foi escrito no século V, por Santo Agostinho.
 Leiam com o coração, se enebriem com as palavras, permitam que o texto entre em sua alma e produza os Frutos do amor, da caridade. Boa leitura.....


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Sermo Caillau-Saint-Yves 2,92: PLS 2,441-442)      (Séc.V)
  
Quem perseverar até o fim, esse será salvo

Qualquer angústia ou tribulação que sofremos é para nós aviso e também correção. As Sagradas
Escrituras não nos prometem paz, segurança e repouso; o Evangelho não esconde as
adversidades, os apertos, os escândalos; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt
10,22). Que de bom teve jamais esta vida desde o primeiro homem, desde que mereceu a morte
e recebeu a maldição, maldição de que Cristo Senhor nos libertou?

Não há então, irmãos, por que murmurar, como alguns deles murmuraram, como disse o
Apóstolo, e pereceram pelas serpentes (1Cor 10,10). Que tormento novo sofre hoje o gênero
humano que os antepassados já não tenham sofrido? ou quando saberemos nós que sofremos o
mesmo que eles já sofreram? No entanto, encontras homens a murmurar contra seu tempo como
se o tempo de nossos pais tivesse sido bom. Se pudessem retroceder até os tempos de seus avós,
será que não murmurariam? Julgas bons os tempos passados porque já não são os teus, por isto
são bons.

Se já foste liberto da maldição, se já crês no Filho de Deus, se já estás impregnado ou instruído
das Sagradas Escrituras, admiro-me de que consideres bons os tempos de Adão. Esqueces que
teus pais traziam consigo o mesmo Adão? Aquele Adão a quem foi dito: No suor de teu rosto
comerás teu pão e lavrarás a terra donde foste tirado; germinarão para ti espinhos e abrolhos
(cf. Gn 3,19 e 18). Mereceu isto, aceitou-o, como vindo do justo juízo de Deus. Por que então
pensas que os tempos antigos foram melhores que os teus? Desde aquele Adão até o Adão de
hoje, trabalho e suor, espinhos e cardos. Caiu sobre nós o dilúvio? Vieram os difíceis tempos de
fome e de guerra,que foram escritos para não murmurarmos agora contra Deus?

Que tempos aqueles! Só de ouvir, só de ler, não nos horrorizamos todos? Mais razões temos
para nos felicitar que para murmurar contra o nosso tempo.

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